sexta-feira, 18 de outubro de 2013

ALDEIA APIKAY - GUAARANI KAIOWA - MS










Fotos minhas cedidas por amigos:

Cacique Aldeia Apikay

Rapaz que me recepcionou com uma camisa falando de Jesus


Amigos do evento que foram comigo

Garota que me pintou na entrada da aldeia com urucum

Nosso pequeno "grande " grupo.

    Reportagem:

Em visita do secretário geral da Anistia Internacional, indígenas do Mato Grosso do Sul pedem justiça

Na quarta-feira 7 de agosto, em visita ao acampamento Apikay, no município de Dourados, e à reserva indígena de Dourados, em Mato Grosso do Sul, o secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Shetty, expressou sua preocupação com a situação indígena no estado do Mato Grosso do Sul e do Brasil. Ele esteve reunido com liderenças indígenas das etnias Guarani Ñandeva, Guarani-kaiowá, Terena, Ofaie, Kinikinau e Kadiweu, entre outras etnias.

“É muito sofrimento e são muitas mortes. A Anistia Internacional vem trazer sua solidariedade e seu apoio à causa indígena no Brasil. O país não pode apostar no desenvolvimento que tenha como preço a violação de direitos das populações indígenas e tradicionais. Quando a justiça demora é como fosse negada”, afirmou.
No acampamento Apikay, a comitiva da Anistia Internacional ouviu relatos dos guaranis que vivem há cerca de 10 anos acampados às margens da BR 163, na expectativa de retomar suas terras, onde hoje está instalada uma usina de cana de açucar. Cerca de 15 familias vivem confinadas em uma lateral da estrada, em situação extremamente precária, espremidas entre a usina, a rodovia e uma outra área de plantação de soja e cana. Seis integrantes do acampamento morreram nos últimos anos e nenhuma morte foi investigada.
“Não temos como plantar, quando chove bebemos água suja do córrego, nossas crianças vivem doentes. Eu já perdi meu marido, dois filhos e dois netos. Quero a demarcação imediata de nossas terras e a responsabilização dos culpados pelas mortes de nossos parentes”, afirmou a cacique Damiana, líder do acampamento Apikay, falando na lingua guarani. “Não temos espaço para viver e queremos estar na terra onde estão nossos antepassados, nossas origens”, completou. 

Reserva de Dourados
Na reserva de Dourados, com cerca três mil hectares, há 14 mil indígenas vivendo confinados. Além de problemas de falta de acesso à saúde, à educação, desnutrição das crianças, o pouco espaço resulta em conflitos entre eles. Dados do CIMI apontam alto número de homicídios e suicídios na região. Somente em 2012, 60 indígenas deram fim a suas vidas, devido à ausência de uma ligação direta com suas terras. Na cosmologia dos Guaranis, a terra é a mãe deles.
A reserva de Dourados foi criada há 96 anos, antes mesmo de existir o município de Dourados. Hoje, é como uma periferia da cidade, com problemas como violência e tráfico de drogas, mas sem a presença da polícia, já que somente a Polícia Federal pode atuar em terras indígenas. A primeira liderança indígena morta na região foi há 30 anos, e o crime continua impune. Nos últimos 10 anos, 12 lideranças indígenas foram assassinadas no estado. Ninguém foi responsabilizado.
“Para nós, progresso é preservar a terra. Para os brancos, não. Para nós, nós pertencemos à terra. Para eles, a terra os pertence. Se o governo não tiver uma agenda de demarcação, nós vamos começar a nossa, do jeito que fazemos, com nossas rezas e nossa força. Se a terra continuar entregue à cana, à soja e ao gado, não só os indios vão morrer, mas os brancos, no futuro, também”, Anastacio Peralta, Guarani Kaiowá, aldeia Panambizinho.
De acordo com mais de trinta lideranças presentes no encontro, os indígenas do Mato Grosso do Sul nunca aceitaram as oito reservas que foram criadas pelo governo, a partir da 1917, para reunir os indígenas. E querem retomar suas terras tradicionais, custe o que custar. Todos foram unânimes em dizer: “se o governo não resolver a questão, vamos resolver do nosso jeito. Para nós, não faz mais sentido viver se não for em nossas terras. Vamos lutar até o fim pelo nosso futuro e de nossas crianças”, afirmaram.  
Para Salil Shetty, apesar de ser doloroso ver o sofrimento que as populações indígenas têm sido submetidas, vê-los unidos por seus direitos é uma inspiração. “Vocês estão fazendo o que é certo, se unindo e exigindo juntos seus direitos. É inspirador conhecer pessoas que colocam suas vidas em risco para defender seus direitos”, concluiu. Amanhã, em audiência com autoridades do governo federal em Brasília, ele afirmou aos indígenas que irá destacar quatro pontos: a lentidão na demarcação de terras; a preocupação com mudanças na legislação que podem representar retrocesso aos direitos indígenas; a necessária apuração e responsabilização imediata dos responsáveis por violações dos direitos dessas populações; e a exigência de consulta prévia e consentimento das comunidades em relação à qualquer decisão que afete suas vidas.

 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

BATIZADO DE MINHA AFILHADA IARACY EM CARMÉSIA MINAS GERAIS 12/10/2013

 
 
Iaracy e eu - Exposição Café com Letras - BH - Foto: Cleber Piuzana - Abril / 2013

 
"Batizado: O batizado é uma forma de nós pataxós apresentarmos nossas crianças a nossa cultura, é um momento de apresentá-las a aldeia. Nesse dia acontece um grande almoço, cozinhado, com danças, brincadeiras e agradecimento a Niamissun. A criança pataxó é apresentada a Niamissun e o cacique e toda a comunidade pedem proteção para essa criança, e é a primeira participação da criança no ritual da nossa cultura."Pataxó de MG

* Niamissun - Jesus

Vídeo do Batizado 


Nossa Viagem

Dia 11 de outubro, saímos de BH destino a Aldeia Retirinho para o batizado de minha afilhada Iaracy. 

Muita ansiedade da madrinha ( eu ) , da mãe ( Daru) e principalmente de mais dois que foram a uma aldeia indígena pela primeira vez : Tiago ( padrinho ) e Mayalu ( amiga e convidada ).

Chegamos e a recepção pela cacique foi como sempre maravilhosa !!

Mayalu, Cacique "Nete", Daru, Tiago e eu - Chegada na Aldeia Retirinho


 Muito interessante dizer que somos sempre muito  bem recebidos. Logo que chegamos, tivemos um belo almoço !! Afinal, chegamos em dia de festa!! A festa das água, um casamento, batizado de Iaracy e a ultima festa desta aldeia nesta terra, pois estão de mudança.

Tiago deslumbrado com a fartura.   (Minutos antes estava parado na estrada procurando comida pois estava com medo de passar fome. )

Adicionar legenda

Eu e Maya (como a chamamos)

Momento degusta


 Esta viagem será contada por etapas e esta é a do Batizado de nossa pequena Iaracy Tikuna Pataxó.

Um dia antes o corpinho de Iaracy foi todo pintado de Genipapo ( representando a mãe Tikuna) e o rostinho teve uma pintura ( representando o pai Pataxó ). Durante o restante do dia e toda a noitea bebe  foi bem agasalhada para suar e a tinta ficar bem escura no corpo.


    Todo ritual foi novidade até para Daru, de origem Tikuna. Tivemos um batizado Pataxó.

    A cacique no dia anterior preparou o Frango Escaldado para " o dia da parida ".

    Vamos explicar : A índia quando tem bebe passa um mês se alimentando apenas de frango. No final deste mês tem uma festa - A festa da Parida ( O batizado )- e nesta festa depois de todos dançarem em roda com a criança, pais e padrinhos no meio, ela oferece o frango escaldado para família e amigos.

    Outro preparo anterior a festa é da TEMPERADA.

   Vamos explicar: Os padrinhos e a mãe tomam esta bebida antes do ritual. O gosto é de uma cachaça bem forte com ervas. Achei muito gostoso, pena que não posso trazer uma garrafa, pois é uma bebida importante no ritual e não é utilizada no dia dia.

  Os padrinhos foram pintados com pinturas Tikuna e Pataxó.



Darú momentos antes do Batizado

Amescla queimando

Momentos antes

Ultima mamada antes de um grande e belo Awê

Madrinha babona


VÍDEO DO BATIZADO

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Foi com muita alegria que eu e Daru ( india Tikuna ) visitamos a Chef Dilu Villela para fazer esta reportagem.
Fotos: Priscila Bartolomeu    Receitas: Darupana Tikuna

terça-feira, 3 de setembro de 2013

AWÊRY TAPUTARI NA CONSIGO - SP


AWÊRY TAPUTARI NO MATO GROSSO DO SUL


                            
Encontro Nacional de Psicologia, Povos Indígenas e Direitos Humanos
07/08/13 - Mato Grosso do Sul
Fotos enviadas por amigos.
Obrigada ao Conselho Reginal de Psicologia de MG pelo apoio a exposição.

Beijos


















terça-feira, 9 de julho de 2013

Exposição Café com Letras - BH


Exposição Café com Letras - Belo Horizonte

 Exposição Awêry Taputari
Data: 03 de junho a 01 de julho de 2013
Local: Café com Letras – rua Antonio de Albuquerque, 781 – Savassi
Entrada franca
Informações para imprensa:
Vinícius Lacerda – assessoria@cafecomletras.com.br

A exposição foi um sucesso!!!!

Obrigada a todos pelo carinho e em breve temos mais!!!!

AWÊRY